Distribuição
Distribuição Geográfica
Ocorrências confirmadas:
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Possíveis ocorrências:
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Distribuição Hidrográfica
Domínios Fitogeográficos
Domínios Fitogeográficos
Amazônia
Domínio fitogeográfico presente nas Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, com grande variedade de fitofisionomias, mas com o predomínio de Florestas de Igapó e Florestas de Terra-Firme (Ter Steege et al. 2003). Ocupa 49,3% do território brasileiro e se estende através da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guianas (Kress et al. 1998).Caatinga Domínio exclusivamente brasileiro composto por vegetação tipicamente xerófila, que ocorre sob clima semi-árido da Região Nordeste e ocupa 9,9% do território nacional (Andrade-Lima 1981).Cerrado (lato sensu) Conjunto de diferentes formas de vegetação no domínio do Cerrado, que inclui desde fitofisionomias florestais (Cerradão), savânicas (Cerrado stricto sensu ), até campestres (Campo Sujo), e que compartilham uma flora com características escleromórficas. Famílias frequentes são Asteraceae, Leguminosae, Malpighiaceae, Vochysiaceae e Poaceae.Mata Atlântica Domínio que inclui formações florestais e não-florestais que ocorrem ao longo da costa brasileira, com grande amplitude latitudinal, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e com variação altitudinal a partir do nível do mar até as regiões serranas do Complexo da Mantiqueira. O Brasil abriga 95% deste domínio fitogeográfico, que corresponde a 13% do seu território (Stehmann et al. 2009).Pampa Vegetação campestre predominantemente herbácea ou subarbustiva e geralmente contínua. Ocupa 2.1% do território brasileiro, exclusivamente no Rio Grande do Sul, mas com extensões para a Argentina, Uruguai e leste do Paraguai (Boldrini 2009).Pantanal Domínio das terras submetidas às inundações periódicas dos rios Paraná e Paraguai, ocorrente na Região Centro-Oeste do Brasil, que ocupa 1,8% do território brasileiro e se distribui continuamente até a Bolívia, Paraguai e Argentina (Pott & Pott 1997).
Tipo de Vegetação
Tipos de vegetação
Área antrópica Ambiente cuja vegetação original foi alterada, perturbada ou destruída em relação ao tipo fitifisionômico primário e inclui áreas ruderais, agropecuárias e urbanas.Caatinga (stricto sensu) Formação vegetal tipicamente xerófita, predominantemente uma forma de floresta baixa sazonalmente seca, que ocorre na região de clima semi-árido do Nordeste do Brasil. A vegetação é esparsa, espalhando-se pelos maciços e tabuleiros por onde correm rios, em geral, intermitentes. Famílias frequentes são Leguminosae, Euphorbiaceae, Cactaceae, Asteraceae e Malpighiaceae. Campinarana Vegetação amazônica baixa e rala, que ocupa terrenos arenosos e áreas de terra firme. Pode ser "florestada", assemelhando-se a uma floresta ciliar; "arborizada", quando dominam plantas de menor porte; e "gramíneo-lenhosa", quando ocorre nas planícies encharcadas, próxima a rios e lagos. Famílias frequentes são Arecaceae, Bromeliaceae, Clusiaceae, Humiriaceae, Marantaceae, Meliaceae e Rapateaceae. Campo de Altitude Vegetação campestre dos trechos mais elevados das Serras do Mar, Mantiqueira e Serra Geral, geralmente em áreas acima de 900m. Ocorre em sítios com rochas ígneas ou metamórficas (granito-gnaisse), estando associado ao domínio da Mata Atlântica. Famílias frequentes são Asteraceae, Cyperaceae, Melastomataceae, Orchidaceae e Poaceae. Campo de Várzea Vegetação amazônica dominada por estrato herbáceo com gramíneas e ciperáceas altas, que crescem em trechos sujeitos às inundações periódicas de rios e lagoas. Geralmente é associado à Floresta de Várzea. Famílias frequentes são Poaceae e Cyperaceae. Campo Limpo Vegetação dominada por estrato herbáceo (graminoso) ou subarbustivo, geralmente contínuo, e ausência de árvores e arbustos de caule grosso. Encontrado nos domínios do Cerrado e Pampa. Famílias frequentes são Poaceae, Asteraceae, Cyperaceae e Leguminosae. Campo Rupestre Vegetação campestre que ocorre em áreas montanhosas, basicamente acima de 900 m de altitude, ocupando principalmente trechos de solos litólicos associados a afloramentos de quartzito, arenito ou minérios de ferro e manganês. Associa-se principalmente aos domínios do Cerrado e da Caatinga. Famílias frequentes são Asteraceae, Eriocaulaceae, Cyperaceae, Poaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Velloziaceae, Leguminosae e Xyridaceae. Carrasco Vegetação xerófila arbustiva alta e densa, com trepadeiras abundantes e um dossel descontínuo, com árvores emergentes esparsas. No domínio da Caatinga corre sobre Areias Quartzosas distróficas profundas, e no domínio do Cerrado sobre litossolo. Famílias frequentes são Leguminosae, Apocynaceae, Combretaceae, Solanaceae. Cerrado (lato sensu) Formação vegetal tipicamente xerófita, predominantemente uma forma de floresta baixa sazonalmente seca, que ocorre na região de clima semi-árido do Nordeste do Brasil. A vegetação é esparsa, espalhando-se pelos maciços e tabuleiros por onde correm rios, em geral, intermitentes. Famílias frequentes são Leguminosae, Euphorbiaceae, Cactaceae, Asteraceae e Malpighiaceae. Floresta Ciliar e/ou de Galeria Vegetação florestal que ocorre associada a cursos de água, geralmente intermitentes, os quais podem ser largos (ciliar) ou mais estreitos e cobertos pelo dossel (galeria). Mais associada aos domínios do Cerrado e Caatinga, ocorre em todo o território nacional sob diferentes nomes. Famílias frequentes são Leguminosae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Clusiaceae e Rubiaceae. Floresta de Igapó Vegetação florestal amazônica cujo solo permanece encharcado ou alagado acima da superfície por todo o ano. Geralmente associada a solos arenosos. Comparada às florestas de Várzea (em solos argilosos) e Terra-Firme é, em geral, a mais baixa. Floresta de Terra-Firme Vegetação florestal amazônica sobre os interflúvios, geralmente densa e alta, não inundada sazonalmente pela cheia dos rios. Famílias frequentes são Leguminosae, Lecythidaceae, Chrysobalanaceae, Sapotaceae, Burseraceae. Floresta de Várzea Vegetação florestal amazônica submetida a inundações periódicas na época das cheias dos rios. Geralmente associada a solos argilosos. Famílias frequentes são Arecacaea, Euphorbiaceae, Malvaceae, Moraceae e Polygonaceae. Floresta Estacional Decidual Vegetação florestal condicionada por nítida estacionalidade climática (um período seco e outro chuvoso). Ocorre geralmente nos interflúvios, e 90% ou mais das plantas arbóreas perdem as folhas no período seco. Ocorre nos domínios da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Famílias frequentes são Leguminosae, Malvaceae, Euphorbiaceae, Apocynaceae e Sapindaceae. Floresta Estacional Perenifólia Floresta da borda sul-amazônica na região do Alto Rio Xingu, que ocorre sobre latossolos e apresenta período seco variável de quatro a seis meses. Apesar da estacionalidade climática, a floresta se mantém perenifólia, pois não há estresse hídrico devido a densa rede de drenagem num relevo quase plano. Apresenta composição florística própria, não similar à flora presente nas formações de entorno, isto é, a Floresta Ombrófila e a Floresta Estacional. Floresta Estacional Semidecidual Vegetação florestal condicionada pela nítida estacionalidade climática (um período seco e outro chuvoso). Ocorre geralmente nos interflúvios, e 10% a 50% das plantas arbóreas perdem as folhas no período seco. Famílias frequentes são Leguminosae, Euphorbiaceae, Nyctaginaceae, Rutaceae e Apocynaceae. Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) Vegetação florestal que ocorre em áreas com elevadas temperatura e precipitação, composta essencialmente por árvores e palmeiras. De porte alto, pode ocorrer em diferentes posições topográficas, desde "terras baixas", áreas "submontanas", "montanas", até "alto-montanas". Famílias frequentes são Leguminosae, Arecaceae, Moraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Rubiaceae, Bromeliaceae, Araceae, Orchidaceae. Floresta Ombrófila Mista Vegetação florestal pluvial, caracterizada pela presença do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), além de árvores dicotiledôneas e palmeiras. De porte alto, pode ocorrer desde posições topográficas "submontanas", até "montanas" e "alto-montanas". Famílias frequentes são Araucariaceae, Podocarpaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae. Manguezal Vegetação arbóreo-arbustiva perenifólia densa, baixa, pobre em espécies, que ocorre nos estuários dos rios. Estende-se pelo litoral brasileiro desde Santa Catarina até o Amapá, seguindo rumo norte por toda a América tropical. Famílias importantes são Rhizophoraceae, Acanthaceae, Combretaceae e Pteridaceae. Palmeiral Formação onde normalmente domina uma só espécie de palmeira, com baixa frequência de árvores. Associa-se aos ecótonos dos domínios da Amazônia, Caatinga e Cerrado. Gêneros importantes são Attalea, Copernicia, Euterpe, Mauritia e Orbignya. Restinga Complexo de vegetações que ocupa as planícies litorâneas do Brasil, ocorrendo sobre sedimentos arenosos pleistocênicos e holocênicos de origem marinha. Inclui desde fitofisionomias abertas, herbáceo-arbustivas, localizadas próximas às praias, até florestas com árvores altas em direção ao interior do continente, ou arbustais sobre dunas litorâneas. Famílias frequentes são Arecaceae, Lauraceae, Myrsinaceae, Myrtaceae e Bromeliaceae. Savana Amazônica Vegetação não florestal da Amazônia sobre solos pouco a bem drenados, geralmente arenosos, e que inclui desde fitofisionomias savânicas típicas até formações caracteristicamente campestres. Fisionômica e floristicamente é similar ao Cerrado lato sensu, com flora mais pobre. Famílias frequentes são Vochysiaceae, Leguminosae e Malpighiaceae. Vegetação aquática Em ambientes aquáticos lênticos ou lóticos, inclui plantas (macrófitos) flutuantes não enraizadas, ou enraizadas com folhas flutuantes ou submersas. Famílias freqüentes são Araceae, Cyperaceae, Nymphaeaceae e Poaceae. Vegetação sobre afloramentos rochosos Ilhas de rochas (inselbergues), circundados por uma matriz vegetacional distinta, que pode ter variadas feições fitofisionômicas. Famílias frequentes são Araceae, Bromeliaceae, Cactaceae e Orchidaceae. Referências :
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